Quem mora no Rio tem uma certeza: Aqui nao temos inverno, temos alguns dias frios. Ja viramos piada pronta dos colegas que moram em SP, ou no Sul do pais onde tem frio de verdade – aqui, abaixo de 22 graus é muito frio!!!

E a temperatura aqui oscila demais – podemos ter uma manha de 17 graus, com 29 graus ao meio dia e 22 graus a noite. E para escolher a roupa, como faz?

A solução que encontrei foi usar e abusar dos cardigans. São os casaquinhos de linha, abertos na frente. Sao levinhos, cabem facilmente numa bolsa de mão. E aquecem na medida do tempo incerto do Rio. E são uma opçao ao blazer para looks de trabalho!

Podem ser lisos, estampados, bordados e permitem uma grande variação de looks para qualquer ocasião! Veja:

Parece que foi ontem....


Em Agosto de 2011 fiz meu ultimo relaxamento . Meu cabelo sofreu um corte quimico e quebrou todo na parte de trás. E a dermatologista me aconselhou a ficar um ano sem usar nenhum produto quimico – relaxantes, permanentes, progressivas, etc. Na epoca informou que era grande o numero de mulheres que estavam indo ao consultorio com o mesmo problema – fios quebrados devido a produtos quimicos.

Aproveitei a recomendacao medica e pus em pratica um desejo antigo – o de usar meu cabelo sem nenhuma quimica, usa-lo Crespo como ele sempre foi. Ja havia tentado anos atrás, mas por falta de informação nao aplicava os cuidados necessários, danificava o cabelo e acabava voltando para o permanente afro. 

Como meu cabelo estava muito danificado, optei por colocar megahair, que usei de novembro/2011 até janeiro de 2013. E dia 25/janeiro/2013 tirei o mega e comecei a usar meu cabelo natural.

Apesar de toda a excitação por finalmente fazer  algo que sempre quis, o começo foi dificil. Cheguei a tentar fazer (novamente) um relaxamento mas graças a DEUS uma profissional bastante consciente me disse que eu deveria fazer muitas hidratações no cabelo para recuperá-lo depois de tanto tempo usando o megahair, e voltar la depois de 3 meses. Continuei hidratando…e nunca mais voltei.

Bom, ja que era para cuidar, parti para a internet. E descobri um mundo de informações, de mulheres que estavam na mesma jornada, algumas comecando, outras ja há algum tempo. Blogs, sites, canais do You Tube, existe informação de sobra para quem hoje pretende cuidar do seu cabelo sem recorrer a produtos quimicos. E por esses caminhos da vida, me tornei moderadora, com mais duas amigas, de um grupo no facebook, o Crespíssimos que trata dos cuidados com cabelos sem quimica. Somos hoje 6mil mulheres unidas  pela vontade de cuidar do nosso cabelo tal como ele é.

A melhor palavra que define minha jornada é ACEITAÇÃO. Crianças negras foram criadas para rejeitar seu cabelo. A principal coisa que aprendemos desde cedo é que seu cabelo é ruim, feio e precisa ser modificado de qualquer maneira, a qualquer custo. A ferro, a fogo, a soda cáustica, a óleo quente e a tantos outros metodos ja inventados para “amansar” nossos fios. Muitas mulheres simplesmente NAO CONHECEM seu proprio cabelo, NUNCA O VIRAM NATURAL – porque ele foi modificado, relaxado, alisado, desde que elas eram muito pequenas. E muitas se surpreendem quando descobrem como seu cabelo realmente é.

Ter um cabelo CACHEADO é relativamente mais fácil de aceitar – a midia ainda retrata mulheres negras com cabelos cacheados. Mas os CRESPOS ENCARAPINHADOS - como o meu, e que sao boa parte da população feminina negra brasileira - sao solenemente ignorados ou menosprezados, pela mídia e pela industria cosmética, e muitas vezes até nas redes sociais e grupos que tratam do assunto. 

Só muito recentemente isso tem mudado e algumas crespas tem aparecido em algumas peças publicitárias. Mas quando você tem muita certeza do que quer, nao ter um referencial externo não é um problema. Seu referencial passa a ser VOCÊ MESMA e as possibilidades que você descobre na sua jornada. Além das mulheres incríveis que conheci através do mundo crespo - lindas, inteligentes, antenadas, e que fazem um trabalho sensacional de empoderamento e aceitação da mulher negra. Essas sim, sao meu referencial. 

Falando por mim:  foi a melhor decisão que tomei nos ultimos tempos. AMO meu cabelo, sempre me identifiquei com ele e agora tenho formas de cuidar dele como necessário. No grupo compartilhamos dicas, receitas caseiras, recuperamos cuidados que nossas avós tinham – e funcionam muito bem. Acima de tudo, recuperamos nossa história, nossa ancestralidade. Nossa IDENTIDADE.

Ser ou nao crespa natural EH UMA OPÇÃO. O mais importante é descobrir que a quimica é APENAS UMA POSSIBILIDADE. Aliso, relaxo, escovo  SE E QUANDO EU QUISER. Nao eh mais uma obrigação para que eu me sinta bonita, aceita. O futuro é uma incognita, mas posso dizer que hoje, a quimica nao me faz nenhuma falta!

Permita-se experimentar. Recomendo!

Nos ultimos anos o termos Plus Size se tornou popular no Brasil. Lojas de Departamento passaram a ter setores dedicados a roupas Plus Size, e algumas lojas especializadas já são no setor. 

O que é ser plus size afinal?

No Brasil o termo tem sido aplicado unicamente a pessoas acima do peso. De fato, plus size se refere a tamanhos maiores. Por definição, qualquer roupa com numeração acima de 44 já recebe o termo de plus size. Nos EUA onde a numeração é diferente, é considerada plus size a numeração acima de 12.

O termo Plus size também é utilizado em alguns países para tamanhos fora do padrão – calças para pessoas muito altas, por exemplo.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Plus-size_clothing

O interessante é que visualmente uma pessoa que vista 44 não será gorda aos olhos de todos. Um exemplo foi o caso mencionado pela editora de moda Lilian Pace em 2013. Uma modelo Americana que veste 44, mas pela altura nao aparentava para muita gente, fez um editorial de moda plus size e gerou um rebuliço no mundo fashion.

http://www.lilianpacce.com.br/moda/leah-kelley-biquini-plus-size/

Ha quem diga que ela nao era plus size, a modelo se defende que era sim, mas era alta e nao aparenta…eu, Cacau, vejo a questao de uma forma muito simples:

Ser PLUS SIZE nao significa necessariamente que você é OBESA. Significa ser, GRANDE para os padrões vigentes (leia-se manequim 36, magra, pouco quadril e bumbum). Claro que muitas plus size sao de fato gordinhas ou obesas. Mas algumas simplesmente se enquadram na categoria plus size por que seu biotipo é assim.

Falando por mim: Pensando no meu menor peso na vida adulta, (algo em torno de 65kg) meu manequim de roupas era 44. Dado o meu biotipo ginóide, dificilmente terei um peso  ou manequim muito menor do que esse. Entao sou uma pessoa PLUS SIZE por definição – nao sou mignon, tenho curvas e as amo,  nao vou vestir 36 e ponto final. 

É importante que essa diversidade de tamanhos seja vista, celebrada pelas próprias mulheres e considerada pelo mercado produtor de moda. Porque NEM TODA MULHER NASCEU PARA SER MAGRA E  LONGILÍNEA. Por questões de biotipo, algumas mulheres independente do quanto tentem emagrecer,  simplesmente serão…GRANDES. E é bom entenderem isso para nao passarem a vida tentando alcançar um corpo que não lhes pertence – e sofrendo com isso. E hoje já é possível encontrar roupas bonitas e bem cortadas nos mais variados tamanhos - VITÓRIA! 

Entenda a diferença entre ser GRANDE por uma questão de biotipo e estar OBESA com um excesso de peso e compromete a sua saúde e precisa ser cuidado.  E acima de tudo, não defina, seu valor e seu caráter por um rótulo criado pela indústria! Tamanho de corpo não determina quem você é ou o que merece da vida! 

Plus size ou não , Faça o melhor por você e sua saúde , sinta-se linda, seja estilosa, e tenha uma vida plena e saudável!

Este  talvez seja o ultimo post desse ano. Nada melhor do que refletir e agradecer pelo ano incrível que DEUS me permitiu ter.

Mas pensando sobre tudo o que aconteceu, entendi que tudo passou a mudar em mim e ao meu redor quando eu passei a aceitar para transformar.

Sim. Existem coisas que a gente consegue mudar, e nessas temos que investir. Existem as que não conseguimos mudar, então temos que aprender a conviver. E a arte da vida eh saber diferenciar umas das outras – assim reza a oração da serenidade.

E em 2013 eu fui compreendendo, aceitando, modificando, e me modificando. Meu ano novo 2013, na verdade, comecou em novembro de 2012. 

- Aceitei, depois de 9 anos de terapia, que só ajuda psicológica não era suficiente (embora já tivesse indicação de consultar um psiquiatra desde 2011).  Venci meus pré-conceitos, consultei um psiquiatra que me acompanha desde o final do ano passado.  E com a orientação e medicamentos receitados por ele, aliado a terapia, fui conseguindo desobstruir os caminhos que antes não conseguia.

- Aceitei – não apenas da boca pra fora, mas de fato – que estava doente. Sim, estava obesa quase mórbida, hipertensa, com a glicemia querendo sair do prumo, problemas articulares. Sem contar os males emocionais de todo esse processo.  Eu não era mais uma gordinha querendo emagrecer. Era uma obesa que ja estava ficando com co-morbidades e que precisava levar a sério a saúde que já estava indo embora. Aceitei o fato com a seriedade que era necessária, e fui implementando as mudanças que precisava.

Peso em 21set2012. Nao foi meu maior peso: cheguei a  ver 102kg na plenna e nao tive coragem de tirar a foto.

- Aceitei que meu emagrecimento não seria rápido. Não apenas aceitei, mas ESCOLHI que fosse assim. Desde o começo conversei com os profissionais que me acompanham, que queria um EMAGRECIMENTO SUSTENTAVEL. Queria criar uma rotina de alimentação e exercicios que pudesse ser capaz de manter a longo prazo. Nenhum projeto maluco de perder 25kg em 6 meses – o que aliás, eh possivel, mas nao no meu ritmo de vida, e cada um precisa saber o que eh capaz de alcançar. Então, estabeleci uma meta de eliminar 1,5kg a 2kg por mês. E como resultado chego em dezembro com 14kg a menos. 

Mesmo com toda a ajuda, não foi fácil. Escorreguei algumas vezes. Passei 06 meses empacada entre 91-90kg e não foi um platô, foi pura autossabotagem e pra vencer  e chegar a casa dos 80kg deu trabalho. Quem foi obeso a maior parte da vida sabe como eh difícil vencer a mente diariamente para fazer a coisa certa: seja comer corretamente, seja malhar, dizer NÃO ao que não lhe faz bem. Sei o valor de cada kg eliminado. Vivi a partida de cada um deles, me despedi com o tempo necessário pra eles entenderem que meu corpo não eh o lugar deles. E eles se foram. Valorizo cada numero a menor que vejo na balanca da psico. Seja 100g ou 1kg. E assim a vida segue. E sei que no final, o milagre quem faz acontecer sou EU.

- Aceitei que apesar de sonhar em correr, minhas condições físicas atuais só me permitem caminhar. Isso quer dizer que minha tchurma termina uma prova em 40min enquanto eu termino em 60min. Mas isso não me impediria de realizar o meu projeto de correr 12 corridas no ano. E não impediu. Hoje exibo no meu quarto minhas medalhas com orgulho;

Meu porta medalhas completo: projeto cumprido em 2013!

Caminhada no primeiro dia de 2013 - movimentar o corpo foi uma meta constante durante esse ano.

Voltando da caminhada nas ferias. Ferias do trabalho, nao da meta!

Foto da primeira corrida do ano - Circuito do Sol, em janeiro.

- Aceitei que não vou resolver tudo. Que não vou controlar tudo. Que as coisas não vão sair sempre como eu quero. Que as pessoas nem sempre vão ouvir o que eu falo, e elas podem ter razão. Que existem caminhos diferentes para chegar no mesmo lugar. E quando eu aprendi a  “largar o osso”, desisti de ser perfeita e controlar tudo, e parar de gastar energia com o imponderável, passei a ter muito mais tempo e energia mental pra cuidar de mim mesma.

- Aprendi que minha compulsão – por comer, comprar, e outras – tinha tratamento. E aceitei o tratamento e hoje estou bem melhor neste aspecto. Ainda tratando mas com grandes progressos. Aceitei que anotar o que como me ajuda a me controlar, e fiz disso um habito. Uso o myfitnesspal no celular e isso facilita muito a minha vida. Ja falei dele aqui no blog.

exemplo de uma tela do myfitnesspal

Ainda resta muito a aceitar e transformar.  Meus planos pra 2014 já estão traçados e só peco a DEUS saúde para conseguir tocar todos eles. Um dos principais eh completar meu processo de emagrecimento,e chegar a 20 de dezembro de  de 2014 com 75kg.  Mais 13kg de gordura pra eliminar.

-O grande desafio, no quesito emagrecimento,  será me livrar da dependência da balança. Me pesei na psico dia 16 e desde então não me pesei mais. A intenção eh só me pesar no consultório dia 6 – e usar apenas a balança dela, abandonando a de casa. 9 dias se passaram e eu sigo na disciplina. Mas preciso aceitar que me pesar constantemente hoje em dia já não faz tanto sentido, e eh melhor ter uma unica referencia – e que seja a da psico.

pesagem de 11 de dezembro. Ultima vez que me pesei em casa. A ultima pesagem na psico foi em 16dez.

Os demais são profissionais, familiares, domésticos, pessoais. 

Em 2012 escolhi a palavra MUDANÇA. Em 2013 escolhi a palavra RESGATE. E em 2014...a palavra  será CONQUISTA. Consolidando tudo o que foi mudado e recuperado..e chegando ao objetivo final. 

Que 2014 seja um ano de muita saúde, muito cuidado, paz interior, bons momentos, harmonia e conquistas para todo mundo!

Ontem fui à festa de uns amigos. Coloquei um vestido branco, cinto e sapatilha de oncinhas e um cardigã nude. Me senti tão bonita, mas tão bonita...que postei uma foto no instagram com a legenda: “Mentira Fashion nº1: Roupas claras não ficam bem em gordinhas.” E a foto rendeu muitos elogios.

Já eliminei 10kg. E mesmo quando tiver eliminado mais 15kg, que eh a minha meta, ainda serei rolicinha,  voluptuosa, porque esse é meu biotipo, e eu gosto dele.  O importante nessa vida é me aceitar sempre. Fazer o melhor pelo corpo que DEUS me deu, por dentro e por fora. E não sair aceitando tudo o que dizem que é certo. Durante muito tempo o meu guardaroupa era predominantemente escuro. Estampas, nem pensar – “engorda”. Roupas brancas? Deus me livre! “Engorda” !

Roupa não engorda ninguém, o que engorda é a comida. Aprendendo a valorizar o que  tenho de bonito, dá pra viver um mundo colorido e fashion enquanto busco a melhor versão de mim mesma. De uns tempos para cá, determinei que compraria mais roupas claras. Até que cheguei no branco. E descobri que fico muito bem com essa cor. Nunca mais abandonei.

Quer mudar seu estilo e não sabe nem por onde começar? Existe uma infinidade de blogs falando de moda plus size. Um bem bacana é o da GisellaFrancisca, que abusa de cores e formas em seu estilo de vestir. O Pinterest também tem várias idéias para a gente se inspirar .

Em tempo: engordei 1,5kg. E como estou ha duas semanas sem malhar, o processo empacou nas ultimas semanas. Mas a luta continua, sempre. Se DEUS quiser essa semana volto para a minha amada malhação e sigo em frente.

A vida é curta demais para eu passar a vida toda tentando “me encaixar”, “ser normal”, e sofrer por isso. O grande lance é ser feliz no caminho. 

Está gordinha? Está feliz? Ótimo. Não está? Batalhe para ter o corpo que considere adequado para você. Mas seja feliz, sempre!